A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO A PARTIR DE UM PONTO DE VISTA MÉDICO.
Lendo o livro de
Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, eu percebi que durante vários anos eu
tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, que havia crescido
calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão
familiar - e pela amizade distante que eu tinha com nosso Senhor. Eu finalmente
havia percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa da
morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto,
porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, aparentemente, acharam
que uma descrição detalhada seria desnecessária. Por isso só temos as palavras
concisas dos evangelistas “Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus,
entregou-o para ser crucificado.”
Eu não tenho
nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico e espiritual
do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas parecia a mim que
como um médico eu poderia procurar de forma mais detalhada os aspectos
fisiológicos e anatômicos da paixão de nosso Senhor. O
que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de fato suportou durante essas horas de
tortura?Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.
Há muita diferença de opinião entre autoridades sobre o fato incomum de Jesus ser açoitado como um prelúdio à crucificação. A maioria dos escritores romanos deste período não associam os dois. Muitos peritos acreditam que Pilatos originalmente mandou que Jesus fosse açoitado como o castigo completo dele. A pena de morte através de crucificação só viria em resposta à acusação da multidão de que o Procurador não estava defendendo César corretamente contra este pretendente que supostamente reivindicou ser o Rei dos judeus.
Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um poste, acima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos teriam seguido as leis judaicas quanto às chicotadas. Os judeus tinham uma lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chicotadas.
As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro do crânio é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor toturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.
Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus. A pesada barra horizontal da cruz é amarrada sobre seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até Gólgota é então completada. O prisioneiro é despido - exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus.
A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os osso de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocado em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus".
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido atraves deles, deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegui falar as sete frases registradas:
Jesus olhando
para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: "Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. " (Lucas 23:34)
Ao ladrão
arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
paraíso." (Lucas 23:43)Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)
O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Ele passa horas
de dor sem limite, ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia
intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos
de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz.
Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu
pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”
Agora está quase acabado - a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico - o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos - os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.
Jesus clama
“Tenho sede!” (João 19:28)
Lembramos outro
versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e
a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras - provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (João 19:30)
Sua missão de
sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.
Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46).
O resto você sabe. Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que os réus fossem despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocam. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário.
Conclusão
Aparentemente,
para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto
espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração.
O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: "E imediatamente
verteu sangue e água." Isto era saída de fluido do saco que recobre o
coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso
Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque
e constrição do coração por fluidos no pericárdio.
Assim nós
tivemos nosso olhar rápido – inclusive a evidência médica – daquele epítome de
maldade que o homem exibiu para com o Homem e para com Deus. Foi uma visão
terrível, e mais que suficiente para nos deixar desesperados e deprimidos. Como
podemos ser gratos que nós temos o grande capítulo subseqüente da clemência
infinita de Deus para com o homem – o milagre da expiação e a expectativa da
manhã triunfante da Páscoa.
ELE MORREU PARA QUE EU E VOCÊ TIVESSEMOS VIDA.
E AI? VAI VIVER COM CRISTO OU MORRER NO PECADO?
ELE RESSUSCITOU - UM DIA ELE VIRÁ BUSCAR SUA IGREJA.
Você precisa se decidir: VAI COM A IGREJA ou FICA PARA O INFERNO.
E AI? VAI VIVER COM CRISTO OU MORRER NO PECADO?
ELE RESSUSCITOU - UM DIA ELE VIRÁ BUSCAR SUA IGREJA.
Você precisa se decidir: VAI COM A IGREJA ou FICA PARA O INFERNO.
JESUS FEZ A PARTE DELE
PENSANDO EM VOCÊ. E VOCÊ O QUE VAI FAZER PENSANDO EM SI MESMO E NO SACRIFÍCIO
DELE?
Nenhum comentário:
Postar um comentário